Nem tão simples assim

O show foi longo, o circo cansativo, a novela repetitiva. Mas chegou ao fim, com um final feliz para o torcedor rubro-negro: Ronaldinho Gaúcho assinou contrato com o Flamengo até julho de 2014. Tempo suficiente para se esbaldar na tentadora noite carioca, para voltar a brilhar no futebol brasileiro e para, quem sabe, brigar por um espaço hoje pouco provável, na seleção que disputará a Copa do Mundo no Brasil.


Em que pese a péssima condução do negócio, principalmente graças à postura de seu irmão/empresário Assis (que quis aproveitar-se da situação para uma exposição exagerada e completamente desnecessária), é preciso encarar a volta de Ronaldinho Gaúcho ao futebol brasileiro como ela merece. Aos meus olhos, a maior contratação de um clube do país em todos os tempos. Explico:

Ronaldinho Gaúcho esteve entre os cinco melhores jogadores da última década, sem sombra de dúvidas. É um jogador extremamente midiático e ótimo produto de marketing. E ainda que indique estar definitivamente na curva descendente na carreira, tem condições totais de brilhar e ser decisivo no futebol brasileiro. Basta o mínimo de vontade e responsabilidade.

Resta saber o que o meia-atacante deseja com o retorno ao Brasil e com a escolha pelo Flamengo. Se curtir a noite carioca e o fim da carreira ou se voltar a ser um dos principais jogadores brasileiros. Condições (físicas e técnicas) para isto, ele tem.

Quanto ao Flamengo, precisará render em campo para compensar o esforço hercúleo na contratação de Gaúcho. E para isto, precisará de muitos cuidados. Dentro e fora de campo. Ronaldinho é mais uma estrela que chega com salário infinitamente superior a seus companheiros de equipe e certamente terá privilégios no clube o que pode gerar ciúme e problemas internos. E dentro de campo, precisa do posicionamento tático correto para poder render tudo o que sabe, e esta tarefa Luxemburgo tem condições de cumprir se quiser voltar a ser respeitado (alternativas táticas com a presença do meia em breve na Pré-Temporada do Marcação).

Um comentário:

Andrew Magalhães M. Santiago disse...

Gostei da volta de Ronaldinho Gaúcho, mas não entendo como um time endividado e que tem costume de atrasar o salário de seus atletas de vez em quando se esforça tanto para contratar um jogador tão caro como RG. Tudo bem que teve apoio de empresas privadas e o jogo de marketing, mas esperaria um contratação dessas do São Paulo, Internacional e Cruzeiro, que hoje são os times mais bem estruturados financeiramente do Brasil. Mas os cariocas tem mania de acharem que podem mais que os demais. Mesmo quando não podem nem devem.

Quadro Negro

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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