Cartola: Pré-rodada 7

Para dar sequência à recuperação, o M.Cerrada investiu alto no setor ofensivo para esta rodada. Ao todo, 112 cartoletas gastas para montar um time forte.

Claro, sem jogadores de Corinthians e Botafogo, que não entram em campo no fim de semana.

A responsabilidade de manter a boa fase fica com:

Felipe (Náutico), Jonas (Coritiba), Thiago Heleno (Palmeiras), Marllon (Flamengo) e Wellington Silva (Flamengo); Moisés (Portuguesa), Diego Souza (Vasco) e Montillo (Cruzeiro); Alecsandro (Vasco), Wellington Paulista (Cruzeiro) e Vagner Love (Flamengo). Técnico: Alexandre Gallo (Náutico).

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Armas à postos e decisão empatada

O Corinthians fez exatamente o que esperava-se e imaginava-se. Mostrou mais uma vez maturidade e qualidade. Superou os momentos difíceis e conseguiu um resultado importante na primeira partida da decisão da Libertadores.

Dizia antes do jogo com um amigo que a chave do duelo equilibrado entre Boca Juniors e Corinthians seria a disputa pessoal entre Paulinho e Erviti. Os dois volantes que se apresentam mais nas ações ofensivas dos finalistas do torneio e jogam na mesma faixa do campo são importantes demais para tornar menos previsíveis times que chamam mais a atenção pela consistência que pela volúpia ofensiva.

No início, os donos da casa, talvez empolgados pela pulsante torcida xeneize, abusaram dos passes longos. Fugiram de sua característica apressando o jogo e errando muito. Erviti, muito aberto pela esquerda dava espaço para Paulinho. O Corinthians era melhor, controlava o jogo, e quase abriu o placar em chute da entrada da área do volante.

O jogo já dava sinais de mudança com um Boca mais paciente quando o Corinthians perdeu Jorge Henrique. O poder de marcação do Timão diminuiu e os argentinos cresceram. Silva quase marcou um golaço ainda na etapa inicial e Clemente Rodriguez, mesmo muito mal na partida, levava vantagem pela esquerda contra um Alessandro abandonado.

No segundo tempo, o Boca adiantou ainda mais as linhas. Espremeu o adversário e fez pressão até abrir o placar em escanteio cobrado pelo decepcionante Mouche. Depois de empilhar chances perdidas contra a Universidad do Chile, o atacante voltou a desperdiçar um bom ataque pouco antes de "iniciar" a jogada do gol de Roncaglia que teve o drama que a final pede: rebatida, mão em cima da linha e rebote chutado com "raiva".

Quando tudo começava a tomar ares de drama para o Corinthians e os argentinos praticavam o seu jogo mais forte, paciente e equilibrado, veio Romarinho. A estrela de quem havia brilhado na estreia contra o Palmeiras e o toque preciso por cima de Orión no primeiro toque na bola. Bola recuperada por Paulinho e passe perfeito de Émerson, os dois melhores do Corinthians ao lado de Castán, gigante na defesa. Pouco depois, Cvitanich substituiu Mouche à altura no gol perdido após bola no travessão de Viatri.

Uma vitória do Boca não seria injustiça nem surpresa. Mas seria trágica. O Corinthians consegue um ótimo resultado com pequena dose de sorte e muita competência. Estratégia que precisará ser repetida na semana que vem, no Pacaembu. Na decisão, o Boca poderá fazer seu melhor jogo: sem responsabilidade, fechado, aproveitando os espaços. Em 19 jogos pela Libertadores no Brasil, os argentinos só foram derrotados quatro vezes.

A Bombonera é poderosa e o Corinthians se saiu muito bem no primeiro desafio. Mas o mais difícil ainda está por vir. A final da Libertadores está empatada e só deve ser decidida no último segundo.

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Seis meses de atraso, nenhuma surpresa

Maior que a surpresa pela contratação do técnico Emerson Leão pelo São Paulo no ano passado, foi a escolha por sua permanência em 2012. O comandante que chegou com o objetivo de levar o clube à Libertadores, não cumpriu a meta e decepcionou. Mas ganhou uma ótima chance de renovar um elenco que precisava de um choque.

Veio o ano novo e com ele vieram reforços. Muitos. Acompanhados de dispensas. Da permanência de Lucas e de um Luís Fabiano melhor fisicamente. Tudo que o São Paulo precisava para voltar a ser forte e competitivo. Tudo, menos um técnico.

Leão não conseguiu transformar um elenco interessante em um time. Em nenhum momento. Sempre que enfrentou adversários fortes, nunca convenceu. O São Paulo é desorganizado e pobre. Perdeu o Paulista e está fora da Copa do Brasil. Perdeu jogos. Perdeu tempo.

Mais preocupante é que o discurso de Juvenal Juvêncio é pobre e vazio. Diz que a culpa pela demissão é exclusivamente do técnico, que teve trabalho "regular". Mas ele demorou oito meses para fazer esta avaliação.

Ontem o amigo e competente Marcelo Bechler falou sobre a crise de nomes no Brasil e o crescimento de bons nomes na argentina. Assim como na Argentina, Chile e Uruguai tem produzido novos e bons técnicos. O "país do futebol" também poderia ter caras novas cheias de futuro, se houvesse espaço. Não há. Nem para novatos, nem para estrangeiros.

Mais uma vez o São Paulo deve apostar em "grife" e mesmice. Nenhuma surpresa. Uma pena!

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Cartola - Pós-rodada 6

Um desempenho mais digno encheu o M.Cerrada FC de orgulho. Embora a situação na tabela ainda seja lamentável, a rodada deu esperança de dias melhores pela frente. Foram 62,32 pontos. A melhor rodada desde o início da competição.

O time teve escalação equilibrada e destaques em todos os setores. Na defesa, brilhou Werley com 14,5 pontos. O meio-campo foi comandado por Bernard, com 11,4. E o ataque foi de Jô, 7,7. Pena que os quatro jogadores do Figueirense escolhidos decepcionaram e não conseguiram aumentar o rendimento do time.

O destaque da rodada teve um justo nome. O River Plate (ARG) voltou à elite nacional no sábado. E o Horriver Plate EA, do Igor Gonçalves, fez bonito na rodada 6 do Brasileirão. Foram 85,07 pontos. Meio-campo forte com Oscar (15,4), Bernard e Nilton (7,8) foi o destaque. Assim como as apostas certeiras em Gum (15,7) e Ronaldinho Gaúcho (11,9). A boa rodada fez o time ganhar 3 posições e chegar ao ainda modesto 17º lugar.

A liderança mudou de mãos nesta rodada. E com alguma folga. O Galo13fc, do Raul Guilherme, fez 73,02 pontos e abriu quase 40 pontos em relação ao EC Danoninho, novo vice. O Elke Chopp, que liderava, caiu para o terceiro lugar.

Raul acertou ao apostar em Victor (11) e Oscar. E contou com o brilho da dupla de ataque do seu time do coração. Jô e Ronaldinho Gaúcho ajudaram a garantir o bom rendimento e a ponta na Liga pela primeira vez.

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Cartola - Pré-rodada 6

Buscando a retomada no Campeonato Brasileiro, o M.Cerrada FC veste alvinegro nesta rodada. Praticamente todos os jogadores do elenco vão jogar de preto e branco. Que traga sorte.

O investimento foi de 103,04 cartoletas. Quase todo o dinheiro disponível no banco. Que eles façam valer a pena.

Sem mais delongas, vamos aos escolhidos:

Bruno (Palmeiras), Canuto (Figueirense), Werley (Grêmio), Anderson Conceição (Figueirense) e Márcio Azevedo (Botafogo); Moisés (Portuguesa), Fellype Gabriel (Botafogo) e Bernard (Atlético-MG); Caio (Figueirense), Jô (Atlético-MG) e Alecsandro (Vasco). Técnico: Argel Fucks (Figueirense).

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Final de "clones"

A tradição venceu. E o Boca Juniors vai disputar sua décima final de Copa Libertadores. Ontem a noite, confirmou a classificação no empate sem gols contra a Universidad do Chile. Confirmou também o que já era dito neste blog desde o início do ano: é candidato forte demais ao título, não só pela tradição.

O primeiro tempo lembrou e muito a partida da Bombonera, quando o Boca sobrou e venceu por 2 a 0. Os argentinos achavam espaços demais para contra-atacar e controlaram o jogo sem sustos. Enquanto a U só chegou uma vez com perigo, o time comandado dentro de campo por Riquelme se cansou de perder chances. Primeiro, o 10 acertou o travessão em linda finalização. Depois, colocou Mouche duas vezes em condição clara de gol. Jogando às costas de Diaz, único (e ótimo) volante escalado por Sampaoli, Riquelme teve o que não terá contra o Corinthians: liberdade. Coordenou o time que só não decretou logo a classificação porque perdeu as ótimas oportunidades.

Na etapa final, Sampaoli não tinha outra solução. Adiantou seu time e passou a pressionar. Os chilenos passaram a matar os contragolpes do Boca ainda no campo ofensivo e Riquelme cansado não apareceu mais. Na base do abafa, criou chances e merecia ter marcado pelo menos uma vez. Esbarrou no travessão e na segurança de Orión. E mais uma vez ficou na semifinal da Libertadores.

Boca e Corinthians chegam à decisão com estilos muito parecidos. São dois times com muita qualidade no meio-campo, que tem a marcação como ponto forte e que sabem aproveitar os erros do adversário. Ambos devem errar pouco na final, o que pode tornar os jogos chatos para os chatos de plantão.

A diferença entre eles está na camisa. Enquanto os argentinos chegam à décima final em busca do sétimo título, o Corinthians estreia na decisão da Libertadores. Pode pesar. O Boca quer ser o pesadelo na vida de mais um time brasileiro, e de fato, parece assustador.

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Corinthians frio e histórico

Os 180 minutos contra o Santos serviram para comprovar o que só não era óbvio para quem não queria enxergar: o Corinthians tem o melhor time do país. Frio, organizado, tático e técnico. Trabalho muito acima da média de Tite, que vai fazendo história. Melhor em quase todo o confronto semifinal, nada mais justo para este time que chegar à final da Libertadores para coroar campanha impecável.

No primeiro tempo, os comandados de Tite fugiram um pouco de sua característica tradicional. Embora o treinador pedisse para o time se adiantar, a marcação corinthiana era na intermediária dando ao Santos um falso domínio. Mais uma vez, a equipe de Muricy Ramalho dependeu única e exclusivamente de Neymar e exagerou nas bolas para a área. Tinha a bola mas não ameaçava.

Contra o consistente Corinthians, só há uma maneira de achar espaços: vitória pessoal. Foi assim quando Neymar saiu para o lado direito para vencer a marcação de Fábio Santos e iniciar a jogada que terminou com ele empurrando para as redes após desvio de Borges e bola na trave. Vitória parcial e igualdade no confronto ao fim da etapa inicial.

Veio a segunda etapa e o Corinthians evitou o sofrimento. Bola alçada e Danilo, monstruoso na Libertadores, empatou o jogo e deixou o time novamente em vantagem. Daí em diante, o Corinthians voltou ao seu estilo. Marcou adiantado, controlou a bola e o jogo. Não permitiu ao Santos assustar o gol de Cássio uma vez sequer. Partida que escancarou a falta de planejamento de um Peixe sem opções no banco e de um técnico sem ideias mais uma vez.

Frio e quase perfeito taticamente, o Corinthians tem tudo para conquistar o título inédito. Está pronto. Mas deve ter pela frente o seu "clone" argentino. O Boca Júniors, caso confirme a vantagem diante da Universidade do Chile, será o rival mais difícil para o time de Tite. É frio e tático como os paulistas, mas tem mais camisa e experiência na competição.

A Libertadores ainda promete. Assim como este Corinthians, disposto a fazer história.

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Cartola - Pós-rodada 5

A correria da última semana atrapalhou o M.Cerrada FC. O diretor de futebol já foi cobrado pela falha no planejamento que não permitiu ao time fazer as alterações necessárias. O atraso custou caro. E custou pontos mais uma vez. Com dois jogadores do Coritiba que não entraram em campo, o time somou apenas 36,15 pontos. Mais uma rodada crítica.

Valeu apenas pela aposta certeira em Felipe (Náutico), que fez 11 pontos. Conseguiu compensar as atuações negativas de Wágner (Fluminense) e Caio (Ponte Preta). O desempenho abaixo do ideal, levou o time para a modesta 22ª posição na Liga Marcação Cerrada. Uma vergonha!

O destaque da última rodada foi o LEO SSJ, com 75,04 pontos. Destaque para o meio-campo, que apesar da pontuação negativa de Montillo (Cruzeiro) teve Deco (Fluminense) e Fahel (Bahia) somando 24,5 pontos. A boa rodada fez o time subir sete posições na classificação, chegando ao 11º lugar.

Na ponta da tabela, nenhuma mudança. O ElkeChopp foi mal com apenas 48,04 pontos. Salvou a liderança graças às boas atuações de Vanderlei (Coritiba) e Anderson (Fluminense). Mas é acompanhado muito de perto pelo Galo13fc, que fez 50,5 pontos e está apenas 1,23 atrás do primeiro colocado.

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Morreu a Holanda

O esperado Grupo da Morte na Euro correspondeu às expectativas. Bons jogos, grandes times e a definição dos classificados ficando para o fim. Melhor para Alemanha e Portugal, que seguem em frente. Decepção para a Holanda, que sai da competição sem conquistar um ponto sequer.

Com Van der Vaart e Huntelaar entre os titulares, Bert Van Marwijk finalmente soltou a Holanda. Escancarou os motivos de ter escalado dois volantes pesados em todas as partidas até aqui, deixando a fraca defesa exposta. Bom para Portugal, que também tem no sistema defensivo o seu ponto fraco mas podia jogar sem ter de assumir a responsabilidade do jogo já que poderia se classificar com um empate.

Espaços dos dois lados com equipes tão fortes ofensivamente deixaram o jogo interessante. Com Sneijder pela esquerda, a Holanda começou melhor e pressionou até abrir o placar. Depois de ter os quatro homens de frente isolados do restante do time, Van der Vaart se aproximou, chutou de fora da área e marcou um golaço.

Embora ainda precisasse de mais um gol para se classificar, a Holanda recuou as linhas. Quis jogar no contra-ataque e permitiu a Portugal gostar do jogo. E a Cristiano Ronaldo assumir a responsabilidade. O craque português fez hoje o que fez durante toda a temporada mas ainda não havia feito na Euro: chamou a responsabilidade e definiu.

Ronaldo fez de tudo. Quase marcou de cabeça, exigiu grandes defesas de Stekelenburg, deixou Nani e Postiga na cara do gol. E marcou duas vezes. Os dois gols que definiram a virada e a classificação de Portugal. Que com o camisa 7 afim de jogo, pode surpreender qualquer adversário.

Uma das principais favoritas ao título, a Holanda falhou. Decepcionou pelo ataque pouco efetivo. Perdeu gols demais e expôs a defesa que precisa de soluções até 2014 se o time quiser seguir entre os candidatos.

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Sente este cheiro?

É cheiro de título. E veste as cores azul e ouro. O Boca Júniors está perto de mais uma final de Copa Libertadores. E quem lê o Marcação Cerrada não pode falar que ficou surpreso. O aviso foi dado desde o início da competição: aqui, aqui, aqui e aqui. Ontem, 2 a 0 com autoridade sobre a Universidad do Chile na Bombonera, deram ao time tranquilidade para decidir a vaga na decisão.

Embalado pela torcida que lotou a Bombonera mais uma vez e com a presença de Maradona nas tribunas, o Boca começou em cima. Dava espaços para os rápidos ataques dos chilenos mas ameaçava, com Erviti saindo bem de trás para auxiliar Riquelme na armação. E com Mouché fazendo o de sempre: correndo muito, errando muito, insistindo sempre. Assim ele escapou pela direita após perder bola e recuperar. Passe preciso para Silva girar com estilo e abrir o placar.

Em vantagem, o Boca fez o que costuma fazer. Recuou as linhas à espera do bote fatal. Mas viu os comandados de Sampaoli crescerem no jogo e passarem a ameaçar principalmente pelo lado esquerdo, onde Mena levava ampla vantagem. Pressão que durou até o fim do primeiro tempo mas sem grandes chances criadas.

No intervalo, Falcioni já devia ter percebido que dar espaços para a U era um risco que não valia a pena. Adiantou novamente as linhas e viu seu time dominar amplamente o adversário na etapa final. Com o 3-4-3 dos chilenos dando muito espaço para os laterais do Boca apoiarem, o caminho era a virada rápida. E assim saiu o segundo gol: bola da direita para a esquerda, passando por tabela rápida e inteligente entre Riquelme e Silva. Erviti recebeu livre e perdeu. Mas Sanchez Miño não desperdiçou.

O Boca Júniors venceu com autoridade um dos melhores times do continente. Foi melhor durante boa parte do confronto e foi firme quando esteve em dificuldades. Viajará na semana que vem para jogar o jogo em que se sente melhor: defendendo e contra-atacando. Vai ganhando força. E fede a título como em outros tempos.

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Corinthians maduro, Santos dependente

No primeiro duelo na semifinal brasileira da Libertadores, o Corinthians levou a melhor. Simplesmente porque parece pronto para superar qualquer obstáculo. É um time pronto, preparado para todos os desafios. Diferente do Santos, ainda muito dependente do brilho de Neymar que ontem não apareceu.

Com Elano mais uma vez aparecendo pouco e com Ganso voltando de lesão, o meio-campo santista foi engolido no início do jogo. Intensidade de um Corinthians que marcava forte mas que não se negava ao jogo. Saía com inteligência, explorando os espaços na defesa santista e era melhor. Paulinho, o melhor em campo, era a válvula de escape de um time que não tem seus homens de frente em grande fase.

Em uma escapada do volante, que deveria ser seguido por Ganso mas não foi, Henrique deslocado para a lateral direita saiu para dar o bote e deixou Émerson sozinho. Golaço que fazia justiça para o time mais organizado em campo.

Antes e depois do gol, a estratégia do Santos era a mesma. Bola em Neymar, que circulava pelo campo para fugir da marcação e embora recebesse com algum espaço muitas vezes, não teve noite inspirada. O time de Muricy não ameaçava e voltou com Borges na vaga de Elano no segundo tempo. Com Alan Kardec pela direita como em outras oportunidades, o time poderia envolver e criar. Mas a única alternativa na etapa final, contra um adversário ainda mais fechado, foi alçar bolas na área. Sem sucesso.

O Corinthians não tem nenhum grande craque, mas tem um time coeso, competitivo e principalmente maduro. Não dá pinta que deixará escapar a vaga no Pacaembu. Tite atinge o auge de seu trabalho com uma equipe que erra cada vez menos. E se as poucas ideias do Santos não forem compensados com muitas ideias de Neymar, é difícil imaginar que a vantagem será revertida na partida da semana que vem.

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O modelo Barcelona: é possível

Desde que o Barcelona fez valer a tal "filosofia de jogo" não se fala em outra coisa. Virou exemplo para qualquer dirigente, técnico e torcedor. Não é para menos, afinal, o que é bom é para ser copiado. O problema é que no Brasil fala-se muito mas age-se no caminho contrário.

Apesar do aumento nas receitas, o cenário que se vê nos principais clubes do país é assustador. Cabides de emprego para pessoas despreparadas que só fazem crescer a dívida do futebol nacional, como comprova matéria de hoje do Jornal Lance!.

Mas nem tudo está perdido. E quem fala isto é um dos responsáveis pelo sucesso do "modelo Barcelona". Em entrevista ao amigo Fernando Pacheco, Ferran Soriano disse que vê na Copa do Mundo e no aumento das receitas, o caminho para a organização definitiva do futebol brasileiro. Soriano foi um dos integrantes da diretoria de Joan Laporta que modernizou e profissionalizou de vez o time catalão. Recentemente, fechou contrato de consultoria com o América-MEX.

Vale a leitura no blog da Penser.

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Cartola - Pós-rodada 4

Esquenta a briga na Liga Marcação Cerrada no Cartola FC. Embora o Elke Chopp mantenha a ponta, vê a aproximação principalmente do Galo13fc. A vantagem que era confortável caiu para incômodos 4 pontos. Quem vacilou foi o Polaska Futebol Club, que foi mal na rodada e despencou da segunda para a quinta posição.

Despencou, mas não foi tanto como o M. Cerrada FC. O "dono" da Liga entrou de vez em crise após o pífeo desempenho na rodada. Ridículos 28,39 pontos e desvalorização de quase 10 cartoletas no elenco. Uma lástima! Só se salvou Ricardo, goleiro do Figueirense, que somou 10,90 pontos. O restante do elenco foi afastado sem previsão de retorno e a diretoria já estuda a contratação de um auxiliar técnico.

O melhor time da rodada foi o novo vice-líder. O Galo13fc do Raul Guilherme fez 80,73 pontos e já ultrapassou a barreira das 160 cartoletas de patrimônio. Apostas certeiras em Ricardo, Gabriel (10,10), Paulo Miranda (11,50) e Vágner Love (11,60). Só não foi melhor porque Fernando, que fazia início regular pelo Grêmio fez 1,80 pontos negativos desta vez.

Uma semana de folga no Campeonato Brasileiro. E o elenco do M.Cerrada FC vai ficar na concentração. Sem direito a "conversinha rápida" no quarto da mulher do andar de cima. É crise!

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Cruzeiro sofre, mas soma pontos

No campo ruim de Varginha, o Cruzeiro entrou com a responsabilidade de atacar para manter a boa fase diante de um Sport que ainda carece de reforços para poder sonhar com alguma coisa no Campeonato Brasileiro. Rendimento mais uma vez decepcionante e problemas repetidos. Mas segue vencendo e somando pontos importantes para não sofrer como no ano passado.

Com a necessidade de assumir os riscos e o controle do jogo, Celso Roth escalou o atacante Fabinho desde o início. Mas não mudou o esquema tático. Manteve o 4-2-3-1 que trabalha desde que assumiu o clube. Com Tinga ocupando teoricamente o lado esquerdo, o Cruzeiro ficou torto. Com a bola, Tinga se aproximava de Montillo e isolava Éverton no setor onde o Sport era mais fraco, já que Toby jogava improvisado como lateral.

No primeiro tempo, o Cruzeiro errou passes e o Sport não conseguiu criar, com Felipe Azevedo muito isolado à frente. Jogo chato, cansativo. Mas que serviu para Celso Roth perceber o jogo.

Com Fabinho deslocado pela esquerda no segundo tempo, o Cruzeiro cresceu. A parceria com Éverton, o melhor em campo, funcionou e por ali saíram as melhores jogadas do time celeste. Inclusive o penalti, sofrido pelo lateral esquerdo após bom passe de Anselmo Ramon (que se posiciona melhor que Wellington Paulista e dá sequência como pivô às jogadas). Com um pouco mais de capricho, o Cruzeiro poderia ter ampliado o marcador e levado a partida até o fim com mais tranquilidade, embora o abafa do Sport não tenha causado grandes sustos.

Cruzeiro e Sport dão toda a pinta que brigarão na parte de baixo. O segundo, sabe disso desde o início do Campeonato e ainda busca reforços para dar condições à Vágner Mancini de montar um time competitivo. Já a quinta posição do Cruzeiro é ilusória para um time que tem uma tabela inicial, teoricamente, mais fácil. Ainda faltam 37 pontos para que o clube possa pensar em algo maior.

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O melhor dos melhores, sem os melhores

A estreia da atual campeã mundial na Euro 2012 escancarou mais uma vez o quão fantásticos são Lionel Messi e Cristiano Ronaldo. A Espanha, que ganhou a Copa do Mundo com o pior rendimento ofensivo da história, voltou a jogar futebol de encher os olhos mas novamente sofreu mais do que deveria contra uma aplicada Itália, mais uma vez mostrando o peso da camisa.

Vicente Del Bosque preferiu não apostar em nenhum dos três atacantes convocados. O indecifrável esquema tático tinha Xavi à frente dos dois volantes preparando a saída de bola e intensa movimentação dos três homens de frente. Fábregas e Silva se revezavam no comando do ataque e Iniesta partia da esquerda para o centro.

Postada no 5-3-2 sem a bola, tentando aproveitar os lançamentos longos de Pirlo e a velocidade de Cassano e Balotelli, a Itália negava espaços no meio-campo e jogava. Conseguia sair em bloco usando a chegada dos alas e criou as melhores chances da primeira etapa. Ou melhor: criou todas as chances.

Assim como na Copa do Mundo, a Espanha jogou bonito. Foi agradável ver os toques rápidos, a movimentação intensa. Mas faltava o "instinto assassino". Unindo o melhor de Barcelona e Real Madrid, a seleção espanhola "só" não tem o que há de melhor nos dois times: Cristiano Ronaldo e Messi. São eles que aproveitam a qualidade do restante para definir no último quarto. Dribles rápidos e finalização de jogadas com perfeição. Gols que fazem falta à Espanha.

Se ainda deve ser cotada como uma das favoritas da Euro, a Espanha voltou a sofrer mais do que deveria hoje. O justo empate por 1 a 1 poderia ser diferente se o time definisse mais. Falta ímpeto e ele pode vir com um atacante na equipe. Ignorar a fase ruim de Fernando Torres ou a qualidade técnica de Llorente me parece ser o melhor caminho para que a Espanha tenha algum instinto goleador.

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Ronaldinho faz Galo acreditar, não pelo que joga

O horário assombroso e o Pacaembu vazio pouco importavam. Era a estreia de Ronaldinho Gaúcho com a camisa do Atlético-MG e isto bastava para que o jogo contra o Palmeiras chamasse a atenção. E se o número 49 não conseguiu superar as expectativas, o time de Cuca voltou a chamar a atenção pelo jogo coletivo e reassumiu provisoriamente a liderança do Campeonato Brasileiro.

Chamou a atenção mais uma vez a falta de alternativas do Palmeiras. Pobre com a bola nos pés e pouco veloz, o time voltou a depender das bolas paradas de Marcos Assunção. Muito pouco, para quem sonha com o título da Copa do Brasil e tem pela frente um Brasileirão difícil. Embora Valdívia não venha jogando bem, sem ele o time tem ainda menos ideias.

Com Ronaldinho na articulação central, o Atlético também não mudou muito em relação aos últimos jogos. Se saiu melhor quando Bernard pôde explorar sua velocidade pelo lado esquerdo. Saindo em diagonal, confundia a marcação de Cicinho e sobrava. Teve duas ótimas chances na cara do gol, mas voltou a falhar na hora de concluir.

Bem marcado por Márcio Araújo, Ronaldinho apareceu pouco. Dois bons passes no segundo tempo, quando o marcador já tinha cartão amarelo e o Palmeiras partia em busca do empate. Uma falta bem cobrada em meio a outras faltas e escanteios nas mãos do goleiro. Pouco para quem já foi o melhor jogador do mundo e recebe o maior salário do elenco. Pelo meio, longe do auge físico, normalmente Ronaldinho será presa fácil para marcações individuais. Pelo lado e mais perto do gol, pode receber mais vezes a bola em condições de decidir.

O gol do Galo não teve participação de Ronaldinho mas com grande jogada de Bernard para a cabeçada certeira de Jô. Dois gols em dois jogos e boas atuações podem garantir ao atacante um lugar entre os onze de Cuca. Com o Palmeiras aberto, faltou ao Atlético mais uma vez definir o marcador. Desta vez, porém, o juiz impediu que a vantagem fosse ampliada errando em duas marcações fundamentais.

As duas bolas que bateram no travessão contra o Bahia e afastaram os três pontos, jogaram a favor no Pacaembu. Marcos Assunção acertou a trave de Giovanni e não conseguiu levar o Palmeiras ao injusto empate.

O jogo coletivo é o que chama a atenção no Atlético. Ronaldinho não me parece capaz de fazer a equipe jogar mais e melhor. Mas já mostrou que com ele o time acredita que pode. Se não deve ser decisivo dentro de campo, o novo meia atleticano pode ser fator fundamental fora dele para um time que sempre parece desacreditar em si mesmo na hora de decidir.

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Alemanha não encanta, mas vence

No segundo jogo do "Grupo da Morte" na Euro 2012, deu a lógica. A Alemanha, principal favorita ao título ao lado da Espanha, venceu Portugal. Mas não empolgou. O 1 a 0, com gol de cabeça de Mário Gomez, poderia ser diferente se o chute de Pepe tivesse acertado o gol no último minuto da primeira etapa.

Embora muito dependente de Cristiano Ronaldo, Portugual surpreendeu pela postura no primeiro tempo. O 4-3-3 encaixava a marcação no time alemão e virava 4-1-4-1 sem a bola, com as linhas bastante adiantadas. Embora tenha tido mais posse (62%), a Alemanha pouco criou pois tinha dificuldade para sair jogando e a bola raramente chegou limpa ao seu trio de meias.

Enquanto Portugal jogava por uma bola roubada no campo de ataque e esticada para Cristiano Ronaldo resolver, a Alemanha buscava alternativas. Khedira passou a jogar mais e Ozil ganhou liberdade para circular. Se não encantou, a Alemanha foi melhor durante quase toda a partida. Em que pese a atuação apagada de Podolski e a demora de Low para apostar nos jovens e ótimos talentos que tem no banco como Gotze e Reus.

Mas a bola de Pepe, na melhor chance do jogo, tocou no travessão e na linha. Já a cabeçada de Mário Gomez, encontrou as redes de Rui Patrício. O ótimo centro-avante que a Alemanha tem e Portugal não tem, foi a principal diferença num confronto equilibrado e em alguns momentos morno demais.

A Alemanha, favorita ao grupo e ao título, larga na frente. Bom para Portugal que a Holanda, segunda força do grupo, estreou com derrota. Imaginar que um empate contra os holandeses pode ser um bom resultado para Cristiano Ronaldo e sua turma não é exagero. E isto pode ser ótimo. Jogar atrás e deixar que seu principal jogador contra-ataque contra a fraca defesa holandesa, pode ser o caminho para surpreender.

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Quando onze venceram quatro

Embora a incrível mania brasileira de apontar qualquer adversário derrotado como fraco apontasse para uma Dinamarca facilmente atropelada pela Holanda na abertura do "Grupo da Morte" da Euro 2012, o que se viu na Ucrânia foi bem diferente. Um jogo interessante, equilibrado e com o melhor time tomando a iniciativa, mas encarando um adversário competente na defesa e saindo com qualidade e paciência ao ataque.

Desde o início a Holanda assumiu o controle. Impressionante movimentação do trio de meias que se aproximava de Van Persie e facilidade para criar chances, finalizando mal. Mais agrupada, a Dinamarca demorou a encaixar a marcação mas assim que o fez passou a se soltar mais buscando o contragolpe. E foi justamente o agrupamento que fez a diferença.

A Holanda tinha blocos bem definidos. O defensivo, formado por quatro a seis homens (embora os volantes tentassem fazer marcação adiantada e praticamente não desarmavam). O ofensivo, formado pelos quatro melhores jogadores do time. Que faziam boa partida, buscavam, se movimentavam, mas estavam sempre em inferioridade numérica em relação ao adversário.

A Dinamarca marcava e jogava com todos. Recuava as linhas sem a bola, avançava rápido com ela. Chegou ao gol com Krohn-Dehli e seguiu levando perigo nos contra-ataques. Teve uma proposta inteligente e que funcionou para largar com resultado importante no grupo mais difícil da primeira fase.

No fim (tarde demais), Van Marjwick tentou abrir o time e a Holanda fez pressão com mais gente na área. Mas nervosa, não conseguiu sequer empatar o jogo. Fica em situação delicada, com dois jogos duros pela frente. Mas ainda é cedo para descartar o grande time que pode se recuperar, desde que se agrupe melhor e consiga fazer o sistema defensivo funcionar.

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Pressão e história em abertura fraca

A impressionante participação da torcida e os incríveis 20 minutos iniciais deixaram a impressão de que a Polônia poderia aproveitar o fator casa para chegar longe na Euro. Ilusão. Apagada por uma Grécia peleadora como sempre, que lutou até o fim e por pouco não estragou por completo a festa dos donos da casa na abertura da Euro 2012.

Aproveitando-se do aproveitamento do trio do Borussia Dortmund que sobrava diante do frágil lado esquerdo grego, o início da partida foi eletrizante. O ótimo lateral Piszczek e o meia Kuba criavam boas jogadas a todo instante, quase sempre procurando o artilheiro Lewandowski. Chalkias, que já havia feito pelo menos duas boas intervenções, viu o camisa 9 abrir o placar em cabeçada com o gol vazio aos 18 minutos. Pinta de goleada.

Aos poucos, enquanto os gregos organizavam a marcação e avançavam as linhas, os poloneses diminuíam o ímpeto. Não se empolgaram sequer com a injusta expulsão de Sokratis, ainda no primeiro tempo, após dois cartões amarelos exagerados.

Com 10 jogadores, a Grécia apostou na estrela de Salpingidis. Autor de gols fundamentais na história do futebol do país, ele entrou no intervalo e em seu primeiro toque aproveitou falha de Szczesny e do sistema defensivo polonês para empatar o jogo. Enquanto a Polônia não mostrava poder de reação, a Grécia seguia cada vez mais organizada e criava as melhores chances mesmo em desvantagem numérica. E poderia ter matado o jogo aos 24 do segundo tempo quando após boa trama que acabou com Salpingidis derrubado pelo goleiro do Arsenal na área. Penalti e cartão vermelho.

Mas o futebol sempre reserva aquelas histórias sensacionais. E Tyton, que seria o terceiro goleiro não fosse a lesão de Fabianski, entrou para defender a penalidade cobrada pelo capitão Karagounis. Último lance de emoção de uma partida interessante mas fraca tecnicamente.

Apesar do fator casa, a Polônia depende muito do trio do Borussia. Pode surpreender e chegar no embalo da torcida. Mas a Grécia me parece mais cascuda e organizada para brigar pela classificação em um grupo tão equilibrado, onde só a Rússia deve sobrar.

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Cartola - Rodadas 3 e 4

Finalmente um desempenho digno. O M. Cerrada FC sentiu a cobrança da diretoria e mostrou resultado. Embora Jonas, Rodolfo e Dátolo tenham zerado os pontos, o time conseguiu a marca de 64,98 pontos e boa valorização do plantel. O resultado serviu para galgar três posições na tabela de classificação chegando ao ainda modesto 17º lugar. Destaque para o bom desempenho da dupla do Coxa, Lincoln (12) e Everton Costa (13,50) acompanha de Alecsandro (15,8).

O desempenho, no entanto, não foi tão bom quanto o do @THICAMPOSMOTA. Foram 97,98 pontos e um elenco que já ultrapassa as 150 cartoletas. Apostas certeiras do meio para frente, exceção feita a Diego Souza, que rendeu "apenas" 3,5 pontos. Dele em diante, todos fizeram mais de 10 pontos, compensando a participação modesta dos defensores.

Com a boa rodada, o time subiu 10 posições e chegou ao 4º lugar. Encosta nos primeiros colocados na briga pela ponta que segue ocupada pelo ElkeChopp. Com 59,75 pontos nesta rodada, o time mantém margem confortável sobre o segundo colocado (Polaska Futebol Club): 16 pontos.

Sem mais delongas, já que a próxima rodada já vem aí, vamos à escalação do M. Cerrada FC, que pode sofrer modificações de última hora. Investimento de 105,44 cartoletas:

Ricardo (Figueirense), Raí (Portuguesa), Sandro (Figueirense), Gustavo (Portuguesa) e Pará (Grêmio); Fernando (Grêmio), Jádson (São Paulo) e Montillo (Cruzeiro); Caio (Figueirense), Hernán Barcos (Palmeiras) e Miralles (Grêmio). Técnico: Alexandre Gallo (Náutico).

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Cruzeiro não derruba clichês mas vence

No futebol brasileiro algumas coisas não podem mudar. Sob nenhuma hipótese. Os times jogam ou com três zagueiros ou no 4-4-2. Quem jogou como volante uma vez que seja, nunca mais deixará de ser da posição. E escalar um meia mais avançado, próximo ao atacante, é tirar dele o que tem de melhor. Sempre.

Celso Roth enfrentou todos estes clichês mais uma vez nesta quinta. Mandou a campo mais uma vez a equipe no seu esquema preferido, o 4-2-3-1. Mas não importa se Marcelo Oliveira ocupava a lateral direita e se Souza e Tinga jogam como meias há várias temporadas. Para boa parte dos que viram o jogo, era um Cruzeiro recheado de volantes.

Não era. Mas era um time com sérios problemas táticos e técnicos. Os volantes participavam pouco das ações ofensivas, liberando os laterais. Porém, Diego Renan e Marcelo Oliveira foram mal mais uma vez e pouco ajudaram o trio de meias, passivo e fácil de ser marcado. Com pouca movimentação, o Cruzeiro foi presa fácil, errou demais e foi mal.

O Botafogo não. Com um trio de mais incisivo e com Renato e Jádson participando bem da saída de bola, o time criava espaços na defesa celeste. Destaque para Herrera, com constante movimentação, abrindo espaço para quem vinha de trás. Principalmente Vitor Júnior, que vai se firmando no time. Foi dele a cobrança de escanteio que resultou no gol contra de Amaral e também o passe preciso para Herrera finalizar contra-ataque com gol, já no segundo tempo.

Com Fabinho depois do intervalo, o Cruzeiro conseguiu ser mais incisivo. Teve um jogador se aproximando de Wellington Paulista, se movimentando de forma vertical e partindo pra cima do Botafogo. Cresceu no jogo e já era melhor quando levou o segundo gol. Contou com a coragem de Celso Roth que abriu de vez o time e também com a sorte. Três gols relâmpagos que viraram um jogo que parecia perdido, com ótima participação de Anselmo Ramón.

O Cruzeiro vence em momento importante. Ganha moral e mostra evolução. Precisa ter mais do que o Botafogo tem de sobra e com a situação de Walyson indefinida, Fabinho pode tornar-se peça fundamental. Celso Roth ainda vai precisar encarar alguns clichês, mas somou pontos importantes para ganhar a confiança da torcida e do grupo.

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Sem Ronaldinho e sem inspiração

Na terceira rodada do Campeonato Brasileiro, Cuca ainda não pôde contar com Ronaldinho Gaúcho graças à manobra desnecessária da Federação Carioca, a qual não vou perder tempo comentando. Achei que o futebol brasileiro já havia ultrapassado esta fase. Sem ele, o Atlético-MG voltou a sofrer com os problemas que apresenta desde o início da temporada: a dificuldade de criar.

O Bahia entrou em campo com três homens avançados e muita movimentação, disposto a surpreender o então líder da competição. A partida começou quente mas não demorou para Falcão perceber que o esquema ousado causaria a morte rápida de seu time. Danilinho e Bernard levavam ampla vantagem sobre os laterais baianos e o Galo chegou pelo menos quatro vezes nos 10 primeiros minutos.

Coube ao time visitante o recuo para fechar os espaços e tentar escapar no contra-ataque. E sem espaços, o Atlético não conseguiu imprimir sua velocidade e sofreu. Abusou da bola longa buscando a referência do estreante Jô, bem pelo alto e com porte físico para fazer o pivô. Era a única jogada atleticana, que levantou quase 50 bolas na área durante o jogo, com pouco sucesso.

O gol logo no início do segundo tempo, com Jô batendo penalti a meu ver inexistente sobre Marcos Rocha, deu ao Galo o que precisava para manter o 100%: espaço. Aos poucos o Bahia se abria, principalmente após a entrada de Júnior, dando à equipe de Falcão a possibilidade de usar o mesmo expediente do Atlético para enganar a pouca criatividade. Mas a atuação indolente do trio de meias do Galo impediu que o time matasse o adversário com sua melhor arma, a velocidade. O castigo, veio com Fahel roubando bola, usando o pivô de Júnior e acertando um chutaço da intermediária. Ali, já era tarde para Cuca colocar velocidade no ataque para buscar algo diferente no Independência.

Cuca já confirmou que Ronaldinho jogará centralizado na armação do time. Com o passe qualificado, pode acionar a velocidade de Bernard e Danilinho e fazer o time jogar. Mas não o vejo em condições de participar ativamente do jogo, driblar e decidir jogando nesta posição. Se pode dar mais criatividade ao Galo, o meia poderá ser alvo fácil para a marcação num setor onde há muita gente. A tentativa é válida, e embora com o Gaúcho o time atleticano certamente melhore, corre um sério risco de seguir com pouca inspiração.

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Cartola - Pré-rodada 3

Hora da recuperação. Hora de preparar o M.Cerrada para mais uma rodada. Hora para galgar posições na tabela.

Com todos os times usando força máxima (embora alguns tenham força quase mínima pelo excesso de desfalques ou pela qualidade em si), nada de poupar energia. 92,91 cartoletas investidas neste time, que vai fazer bonito!

Cássio (Corinthians), Jonas (Coritiba), Rodolfo (Vasco), Demerson (Coritiba) e Ramón (Corinthians); Lincoln (Coritiba), Dátolo (Internacional) e Maicosuel (Botafogo); Everton Costa (Coritiba), Alecsandro (Vasco) e Éder Luís (Vasco). Técnico: Marcelo Oliveira (Coritiba).

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Nem tão simples assim (Parte 2)

11 de janeiro de 2011. Neste dia, este blog tratou a contratação de Ronaldinho Gaúcho como a maior contratação da história do futebol brasileiro. Era. No mesmo espaço, tratei com o pé atrás que a questão merecia, afinal não era tão simples assim.

Um ano e quatro meses se passaram e o Gaúcho não vingou no Flamengo. Um modesto título estadual com pouco destaque. Raras partidas no nível em que atuou um dia. Muitas polêmicas fora do campo. Problemas e uma saída conturbada que deixará para o Flamengo uma dívida difícil de pagar.

Quando todos pareciam perder as esperanças com Ronaldinho, veio o Atlético-MG e o presidente Alexandre Kalil. Adepto da grife, o mandatário atleticano que já tinha tentado Adriano e Forlán viu no camisa 10 a chance de mais uma vez chamar a atenção para o seu clube. E de atender aos pedidos de Cuca por um articulador.

Ronaldinho Gaúcho é a maior contratação da história do Atlético (basta ver a repercussão da notícia nesta segunda-feira). Mas deixou em 2005 o rótulo de melhor jogador do mundo para tornar-se uma incógnita em 2012. É também, o maior risco da história do Atlético. Kalil gosta de viver perigosamente e normalmente não tem se dado bem nas apostas (Diego Souza, Luxemburgo, Jóbson...). Mas admiro sua coragem.

Fato é que Ronaldinho não é o que Cuca pensa e precisa (e ainda pode trazer ao treinador problemas extra-campo). Como articulador central no 4-2-3-1, Ronaldinho não foi bem no Flamengo nem na seleção brasileira. Falta ao meia participar mais do jogo, recuar para fazer a saída de bola, mobilidade para fugir da marcação. Como meia pela esquerda, bem próximo do atacante e do gol, Ronaldinho viveu seus lapsos nos últimos sete anos. Ali, pode ser decisivo em algumas partidas, encantar em outras (e tirar do promissor Bernard de sua posição ideal). Só.

Esperar regularidade e um bom custo x benefício de Ronaldinho Gaúcho é perder tempo. Eu não apostaria. Não mais.

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Quadro Negro

Quadro Negro
O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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